segunda-feira, 25 de maio de 2009

Quem está fora quer entrar, mas quem está dentro não sai

O PMDB não aceita ficar totalmente “pendurado” no projeto da candidatura presidencial da ministra Dilma Rousseff e quer que o governo articule um “plano B” para enfrentar as incertezas políticas provocadas pelo tratamento do câncer linfático a que se submete a chefe da Casa Civil. A cúpula do partido aguarda apenas que o presidente Lula retorne da viagem internacional, neste fim de semana, para cobrar uma alternativa a Dilma e regras que pacifiquem as disputas entre petistas e peemedebistas nos Estados.
O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves ressalvou, no entanto, que a palavra final será do presidente. Dirigentes do partido avaliam que uma das apostas do Planalto está no STF, que pode livrar Antonio Palocci de processo penal no julgamento, marcado para 4 de junho, do caso envolvendo a violação de sigilo bancário do caseiro Francenildo. Independentemente da decisão do STF, que pode abrir espaço para a candidatura do deputado e ex-ministro da Fazenda, líderes do PMDB não desistem da ideia de converter o governador tucano de Minas, Aécio Neves, no “plano B” da sucessão. Aécio é o principal alvo do projeto de Henrique Eduardo Alves, que reduz de um ano para seis meses o prazo mínimo de filiação para candidatos às eleições de 2010.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

"Se não for séria, não é pra mim"

As relações do PMDB com o governo podem azedar ainda mais. Depois de uma audiência com Lula, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que ele avalizou o plano de reestruturação da Infraero, mesmo com as queixas dos peemedebistas. E anunciou que as demissões de apadrinhados políticos em cargos comissionados vão continuar.
O ministro fez uma ameaça velada de deixar o cargo, caso haja mudança nesses planos: “Ou nós temos uma coisa séria ou não temos. E, se não for séria, não é ambiente para mim”.

Sobe Dilma!

Pesquisas encomendadas pelo PSDB no Nordeste indicam crescimento consistente de Dilma para a sucessão presidencial, depois do anúncio de que ela está em tratamento contra um câncer linfático.
No Nordeste, ela já teria 20% das intenções de voto, contra cerca de 40% de Serra. A expectativa do PSDB é que, nas próximas pesquisas nacionais, Dilma passe do patamar de 11% a 15% para cerca de 20%, consolidando a polarização com Serra.
Por esses levantamentos, Dilma cresceu tirando votos de Ciro e Heloísa. A avaliação de tucanos é que a ministra subiu rapidamente nas pesquisas após a grande exposição na mídia. Além disso, a percepção é que houve uma “humanização” de Dilma.