segunda-feira, 15 de junho de 2009

Atos nada secretos

Apesar de declarações públicas de ultraje, o escândalo dos atos secretos no Senado deverá ter punições circunscritas apenas a ex-diretores da Casa. Antigos integrantes da Mesa Diretora, a cúpula do Senado, deverão ser poupados.

Como o período sob investigação são os últimos 14 anos, apenas o ex-diretor-geral Agaciel Maia e seu grupo poderão sofrer sanções, segundo senadores da situação e da oposição ouvidos. Agaciel, sob cuja gestão ocorreram os atos, já afirmou que "todo mundo sabia" dos atos de nomeações, dos aumentos e de outras benesses que não eram publicadas.

A cúpula do Senado também trabalha para evitar danos à imagem do presidente José Sarney (PMDB-AP), que ocupou por três vezes o cargo no período em que os atos não foram divulgados.

A oposição defende "ampla investigação" dos atos secretos, discursa que a situação é constrangedora, mas se torna evasiva quando o assunto é punir senadores ou a Mesa Diretora pela proliferação de decretos e nomeações clandestinas.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Dança das cadeiras, quem fica?

Alheio à polêmica sobre a relatoria da CPI das ONGs, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) promete apresentar hoje um plano de trabalho com o futuro das investigações na comissão.

Designado para relatar os trabalhos da CPI depois do senador Inácio Arruda (PC do B-CE) deixar o cargo, Virgílio deve priorizar a investigações de entidades ligadas ao PT e ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

Preocupados com a relatoria do tucano na CPI, os governistas prometem insistir na briga para retirar Virgílio do cargo. Arruda perdeu a função ao tornar-se suplente da comissão para assumir uma vaga de titular na CPI da Petrobras. Como o relator não pode ser suplente, o presidente da CPI, senador Heráclito Fortes (DEM-PI), nomeou o senador Virgílio para o cargo.